sexta-feira, 10 de abril de 2015

Como funciona o Google?

Entenda o mecanismo por trás dos sites de busca para fazer pesquisas mais eficientes
Página do Google. Crédito: Reprodução
Há algumas décadas, a internet era organizada em listas enormes com as URLs de alguns sites. Para nossa sorte, hoje temos buscadores de páginas, muito mais inteligentes e complexos. Entre eles, se destaca, claro, o Google. Vale a pena entender como ele funciona para tirar melhor proveito dessa valiosa ferramenta!
Dois motivos fizeram o Google se tornar sinônimo para “busca”: o crawler Googlebot, um robô que escaneia todos os endereços existentes na internet e os indexa, isto é, coleta, analisa e armazena as informações de cada página na internet para facilitar a recuperação desses dados quando alguém faz uma busca.
O outro motivo é o PageRank, um algoritmo (programa de computador) com inúmeros componentes que ajudam a determinar a relevância de uma determinada página para as palavras buscada por alguém. A ordem de aparição dos resultado da busca é definida por esse programa, de acordo com a pontuação de cada página nesses componentes.
A fórmula do PagwRank é secreta, mas sabe-se que são levados em conta fatores como a presença na página dos termos buscados , a atualidade, o título, a quantidade de outros sites que indicam a página e até o histórico pessoal de resultados da pessoa que faz a busca e das pessoas conectadas a ela. Por exemplo, se você busca pelo termo “Educação Infantil”, esta página de NOVA ESCOLA aparece no topo da busca o Google, pois ele analisou – em segundos – que ela contém o termo buscado e que muitos outros sites fazem referência a ela, logo deve ser um conteúdo relevante para quem está buscando.
Dicas para fazer buscas mais eficientes
Os outros sites de busca funcionam de maneira parecida. Depois de entender esse mecanismo, é possível adequar os termos pesquisados para encontrar melhores resultados. Veja algumas orientações!
1) Escolher bem o termo para pesquisar
Como o mecanismo de pesquisa compara as palavras que você quer buscar com o texto das páginas da web, o ideal é usar palavras que possuem mais chance de aparecer nessas páginas, ou seja, palavras mais comuns.
Além disso, o Google não diferencia maiúsculas e minúsculas, e ignora a pontuação, então não se preocupe com esses detalhes na hora de buscar algo.
Exemplo:
Em vez de: Meu aluno está chorando!
Busque por: choro creche
2) Evitar termos de busca muito genéricos
Como a internet tem bilhares de páginas sobre uma infinidade de assuntos, se os termos buscados forem muito genéricos, o risco de não encontrar o que se procura é grande.
Exemplo:
Em vez de: formação
Busque por: formação professores matemática
Bônus: Essa dica também serve para buscas feitas dentro de algum site. Se você já está em algum site que contém textos sobre o assunto que lhe interessa, por exemplo, Gestão Escolar, é melhor buscar por temas dentro desse universo, como PPP.
3) Definir o tipo de arquivo a ser encontrado
Esta dica é muito útil para educadores. No Google, você pode pesquisar por tipo de arquivo! Para isso, basta adicionar ao termo de busca “filetype: e a abreviação do tipo de arquivo”. (PDF, PPT, XLS etc)
Exemplo:
Em vez de: Quero o texto Quincas Borba, de Machado de Assis
Busque por: quincas borba machado de assis filetype:pdf
Aproveito para divulgar uma das iniciativas da Fundação Victor Civita, a Superbusca da Educação! É um ferramenta que funciona como o Google para fins educacionais: os resultados vêm de uma lista de sites e fontes confiáveis e relevantes para o tema. Vale testar: http://superbuscadaeducacao.org.br/
4) Evitar buscas extremamente específicas
Menos é mais! O Google recomenda começar com poucos termos de pesquisa e refinar os resultados incluindo mais palavras.
Exemplo:
Em vez de: quero saber problemas resolvidos pelo coordenador pedagógico na Educação Infantil
Busque por: problemas educação infantil
Fonte:  http://revistaescola.abril.com.br/blogs/tecnologia-educacao/2015/03/31/como-funciona-o-google/

terça-feira, 7 de abril de 2015

4 redes sociais para usar na Educação


Além de ampliar seu contato com os estudantes, esses ambientes virtuais permitem trocar informações e discutir os conteúdos curriculares

Foto: Shutterstock
Certamente, você e seus alunos já usam redes sociais para fins pessoais. Além dessa utilização, é possível aproveitá-las a favor da aprendizagem, criando um grupo online para a classe e atuando como mediador. As plataformas permitem tarefas variadas, como disponibilizar materiais e recebê-los dos alunos, comunicar o cronograma de trabalho, discutir temas vistos em sala em fóruns de bate-papo, entre outras.

Ao utilizar as redes sociais - tema da reportagem "Quem vai encarar o Facebook?" (VEJA 2398, 05 de novembro de 2014) - cuide para que todos os estudantes sejam contemplados. Se eventualmente alguém não tem computador em casa, nem acesso à internet, garanta que possa participar usando os equipamentos disponíveis na escola, por exemplo.

Listamos abaixo quatro redes que você pode utilizar para complementar suas aulas. Analise qual delas se encaixa melhor nas suas necessidades e fique atento às restrições etárias: nem todos os ambientes são legalmente permitidos a crianças e adolescentes de todas as idades.

Facebook
É bastante popular e tem atualmente 1,3 bilhão de usuários no mundo. Seu foco não é Educação, mas como é uma plataforma bastante conhecida, muitos alunos estão familiarizados com seu formato. Ao criar um grupo, é possível trocar mensagens, compartilhar arquivos e notícias relacionados ao tema de estudo e montar eventos para lembrar aos adolescentes sobre um compromisso ou entrega de material. Por outro lado, a utilização só é permitida para quem tem acima de 13 anos.
Acesse: www.facebook.com

Moodle livre

Trata-se de uma plataforma criada em 2001 como um sistema para a criação de comunidades online voltadas à aprendizagem. Algumas universidades, centros de pesquisa e até secretarias de Educação disponibilizam o ambiente já customizado para os professores utilizarem com seus alunos. Nesses casos, basta criar um login e montar os grupos. Quem não tem essa oportunidades institucional, pode usar o site Moodle Livre e descobrir como montar comunidades no Moodle. É possível fazer páginas específicas do projeto desenvolvido, da turma ou da disciplina. Além dessas páginas exclusivas para um grupo de usuários, a ferramenta permite a produção de cursos online e a disponibilização e troca de materiais.
Acesse: http://www.moodlelivre.com.br/tutoriais-e-dicas-moodle/grupos-e-agrupamentos-no-moodle

EdModo
Também é gratuito. Tem uma interface de fácil utilização, parecida com a do Facebook, só que em Língua Portuguesa e com a vantagem que alunos de qualquer faixa etária podem utilizar. Há possibilidade de gerenciar os grupos criados, determinando se o aluno poderá publicar e editar os conteúdos do grupo, ou apenas ler.
Acesse: https://www.edmodo.com/

Pral
Essa é outra ferramenta gratuita e fácil de mexer. É possível montar grupos com alunos de diferentes classes e disponibilizar materiais para download, divulgar trabalhos, criar provas e questionários online, além de disponibilizar notas. É permitido também escrever, editar e publicar artigos.
Acesse: http://www.pral.com.br
 Fonte:
 http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/redes-sociais-educacao-808955.shtml

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Árvore Generosa


Árvore Generosa
Era uma vez uma árvore que amava um menino.
E todos os dias o menino vinha e juntava suas folhas
e com elas fazia coroas de rei; com elas brincava de rei da floresta.
Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos, comia suas maçãs.
E brincavam de esconder.
Quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a árvore profundamente. E a árvore era feliz.
Mas o tempo passou. O menino cresceu.
E a árvore muitas vezes ficava sozinha.
Um dia, o menino veio e a árvore disse: "Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, comer as minhas maçãs, repousar à minha sombra e ser feliz."
"Estou grande demais para brincar", o menino respondeu.
"Quero comprar muitas coisas, eu quero me divertir e preciso de dinheiro.
Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a árvore, "mas não tenho dinheiro. Tenho apenas as minhas folhas e as minhas maçãs.
Mas, leve as maçãs, Menino. Vá vendê-las na cidade. Então terá o dinheiro e você será feliz."
E assim, o menino subiu pelo tronco, colheu as maçãs e levou-as embora.
E a árvore ficou feliz.
Mas o menino sumiu por muito tempo...
E a árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a árvore estremeceu, tamanha a sua alegria, e disse:
"Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado para subir em árvores", disse o menino.
Eu quero uma casa para me abrigar; eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa para me oferecer?"
"Eu não tenho casa", a árvore disse.
"A casa em que moro é esta floresta. Mas corte meus galhos e faça sua casa, e seja feliz."
O menino depressa cortou os galhos e levou-os embora para fazer uma casa.
E a árvore ficou feliz.
O menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha, meu Menino", sussurrou: "venha brincar."
"Estou velho para brincar", disse o menino, "e estou também muito triste."
"Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"
"Corte meu tronco e faça o seu barco", a árvore disse.
"Viaje para longe e seja feliz".
O menino cortou o tronco, fez o barco e viajou.
E a árvore ficou feliz... mas não muito.
Muito tempo depois, o menino voltou.
"Desculpe, Menino", a árvore disse, "não tenho mais nada pra lhe oferecer."
"As maçãs já se foram."
"Meus dentes estão fracos demais para maçãs", falou o menino.
"Já se foram os galhos pra você balançar", a árvore disse.
"Já não tenho idade para me balançar", falou o menino.
"Não tenho mais tronco para você subir", a árvore disse.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o menino.
"Eu bem gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a árvore. "Mas nada me resta, e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe..."
"Já não quero muita coisa", disse o menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."
"Pois bem", respondeu a árvore enchendo-se de alegria, "eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil para sentar e descansar.
Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o menino fez.
E a árvore ficou feliz.

(Shel Silverstein - tradução: Fernando Sabino)

O início da Genética

Muito cedo na historia da humanidade, o ser humano notou que existem semelhanças entre pais e filhos. Isso se aplicava não apenas à espécie humana, mas também aos animais domésticos e as plantas cultivadas. No entanto, o entendimento de como essas semelhanças eram transmitidas começou a se formar há menos de 140 anos! Por que a compreensão desses mecanismos não ocorreu antes? Primeiro, as semelhanças nas famílias não apareciam apontar para nenhuma regra geral. Herdamos, às vezes, a cor dos olhos de nosso pai, a forma do queixo de nossa mãe, a forma da orelha de um tio distante ou o daltonismo de nosso avô materno. Para aumentar ainda mais a confusão, certos caracteres pareciam ser a “média” entre a característica paterna e a materna. Um exemplo é o tipo de cabelo. Homens de cabelos crespos casados com mulheres de cabelos lisos têm, quase sempre, filhos de cabelos ondulados, caráter intermediário em relação ao de seus pais.
Outro fator que atrasou muito a compreensão da herança foi o desconhecimento dos eventos da reprodução. Durante muito tempo não ficou claro, por exemplo, o fato de que os progenitores de ambos os sexos, tanto em animais como em vegetais, participam da reprodução, cada um deles fornecendo células sexuais.
No caso das plantas, essa noção foi aceita apenas em meados do século XIX, a partir de cruzamentos experimentais. Fica evidente que, enquanto os próprios fatos da reprodução constituíam um mistério para os estudiosos da vida, nenhuma teoria poderia explicar a hereditariedade de maneira satisfatória. Para nós, que vivemos no século XXI, pode parecer estranho que acontecimentos tão elementares fossem ignorados durante tanto tempo. Afinal, nos dias de hoje a idéia de gene e de cromossomo, a maneira como eles se distribuem na divisão celular e o fato de o DNA ser o material genético são conceitos muito familiares. Até meados do século XIX, no entanto, tudo isso era desconhecido; a hereditariedade ainda não tinha uma explicação científica.
Em 1865, o monge tcheco Gregor Mendel, fazendo experiências com ervilhas, começou a esclarecer esse problema. Para explicar os resultados que estava obtendo, Mendel supôs a existência de genes (ou fatores) nos organismos e sugeriu um mecanismo de transmissão desses genes de pai para filho.
Os biólogos da época, porém, não entenderam a importância dos trabalhos de Mendel. Foi apenas no ano de 1900, depois da morte do pesquisador, que três outros cientistas, Correns, Tschermak e De Vries, confirmaram, cada um com seus experimentos, os resultados e as conclusões de Mendel. É, portanto, em 1900 que se iniciam as pesquisas sistemáticas nessa nova ciência, que foi denominada Genética. Porém, foi somente por volta de 1910 que se entendeu que os genes “moram” nos cromossomos, e que são distribuídos às células-filhas nas divisões celulares.
Por fim, em 1944, verificou-se que os genes são pedaços de DNA. Dessa época em diante, inúmeras pesquisas fizeram com que se entendesse, cada vez melhor, como eles controlam a atividade das células.